Luiz veste uma camisa verde longa. Ela vai até os pulsos;
ela é daquela para proteger do sol. Está mascarado do branco do protetor solar,
embora o carnaval tenha passado. Vai até o vidro da porta e repete ho, ho, ho,
prentendendo ser o papai Noel mais jovem de que se tem conhecimento. As orelhas
grandes prendem melhor o mundinho de palavras que a gente libera.
Na água, aprendeu a se equilibrar no balançar das boias. Tem
dois anos e, com seus braços, espanta os dos outros de perto. Dispensa a
piscina para correr atrás da bola. Há uma imagem do Olaf, aquele bonequinho de
gelo do filme Frozen, nela. É dividida pelo calor e gelo.
Da piscina, rebato seus arremessos de fora dela. Cabeceio
para longe e digo Ó la o Olaf até que se localize e persiga a bolinha uma vez
mais, tropeçando mais que correndo. Finjo que estou ratando a bola; Luiz
gargalha, Clarinha o segue. As crianças podem ver a felicidade em tudo. Ele
pede para repetir, ri e embola. E ri, ri, ri...