Com as devidas escusas pelo tema demasiadamente intenso e por eventuais insatisfações do público, tem-se a audácia de escrever breves linhas acerca da hodierna realidade do futebol brasileiro, mais precisamente do futebol alagoano.
Urge a concreção, para um melhor entendimento por parte do leitor, de indagações conclusivas, a saber: 1º Você revelaria a senha da sua conta corrente a um ladrão, a fim de que ele controlasse suas finanças? 2º Você contrataria um administrador temerário para sua empresa que estivesse sendo processado por diversos outros crimes?
É óbvio que a resposta é: Não, claro que não.
A revolta é grande, tão grande que não podemos ficar inertes, chega de omissão e comodismo; chegou a hora de cobrar, exigir transparência financeira nos clubes alagoanos. O torcedor está cansado de ver a divulgação maquiada do público nos jogos, a renda subtraída e sabe-se lá pra onde vai esse dinheiro.
Os clubes alagoanos são absolutamente viáveis, o torcedor pode ser inerte e omisso, mas besta, com certeza não é. Quando houver organização, transparência e, principalmente, boa-fé por parte dos dirigentes, conselheiros e sócios, voltaremos a ser grandes no Nordeste e quem sabe ter um renome no cenário nacional.
Agora, fazer dos clubes de futebol profissional um zoológico, onde os bichos não são exóticos, selvagens ou formosos, mas sim animais repugnantes e conhecidos de todos nós (ratos, cobras, dinossauros, taturanas), não é a melhor alternativa.
sábado, 13 de junho de 2009
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Viva a política do pão e circo!
Já dizia o insigne poeta brasileiro Cazuza em sua célebre frase: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo o museu de grandes novidades...”.
Pois é, não obstante vivermos no século XXI, termos alcançado consideráveis avanços no conhecimento, realizado conquistas notáveis e inesperadas; inúmeras práticas arcaicas que vigoraram até mesmo séculos antes de Cristo, continuam presentes no nosso cotidiano.
Uma dessas práticas é a tão famosa política do “pão e circo”, adotada pelo primeiro imperador Romano (Otávio) que governou o império romano de 27 a.C até 14 d. C. Dentre as várias medidas, destacamos a supramencionada política pela luta da legitimidade de seu poder, consistia numa estratégia dele para submeter o povo (plebe) através da promoção de eventos.
Esses eventos são muito conhecidos por todos nós. Coliseu? Gladiadores? Isso mesmo! O imperador investia maciçamente em anfiteatros, como o Coliseu. Nesses, havia grandes duelos de gladiadores (guerreiros) que lutavam entre si ou contra animais ferozes, sempre assistidos por milhares de pessoas atentas, geralmente plebeus (pobres), sendo o grande entretenimento do público na época. Todos esperavam pelo grande momento do certame, no qual o inabalável imperador autorizava ou não, com um aceno, a morte ou o perdão do derrotado.
Parece-me que ocorre algo similar hoje com os políticos no Brasil, os novos imperadores da Antiga Roma, utilizam-se de eventos, principalmente do futebol – paixão nacional – para se auto promoverem, a fim de obter plena satisfação em seus interesses pessoais.
Na Idade Antiga, os imperadores forneciam pães que eram arremessados para uma platéia faminta e ofereciam o espetáculo, regado de muito sangue e violência, tido como diversão para aqueles pobres carentes. O que não difere dos tempos hodiernos, os nossos pães são os subsídios dados às torcidas, o pagamento de jogadores “caros”; o circo é a própria partida de futebol, onde os políticos também acenam ao público, fazem declarações com segundas intenções, enfim fazem de tudo pra ganhar a aceitação do povo.
Tudo isso aconteceu e ainda ocorre porque os imperadores lutavam com todas as forças a fim de obter o poder, este não consiste só no título político, mas, principalmente, a riqueza, algo que realmente domina ontem e hoje.
Assim como ocorria na Antiguidade, a alienação toma conta do povo, vítima das práticas ardis e temerárias daqueles legitimados por nós. “Pobre povo sem socorro...”. Até quando vamos nos enganar?
Viva a política do “pão e circo”!
Pois é, não obstante vivermos no século XXI, termos alcançado consideráveis avanços no conhecimento, realizado conquistas notáveis e inesperadas; inúmeras práticas arcaicas que vigoraram até mesmo séculos antes de Cristo, continuam presentes no nosso cotidiano.
Uma dessas práticas é a tão famosa política do “pão e circo”, adotada pelo primeiro imperador Romano (Otávio) que governou o império romano de 27 a.C até 14 d. C. Dentre as várias medidas, destacamos a supramencionada política pela luta da legitimidade de seu poder, consistia numa estratégia dele para submeter o povo (plebe) através da promoção de eventos.
Esses eventos são muito conhecidos por todos nós. Coliseu? Gladiadores? Isso mesmo! O imperador investia maciçamente em anfiteatros, como o Coliseu. Nesses, havia grandes duelos de gladiadores (guerreiros) que lutavam entre si ou contra animais ferozes, sempre assistidos por milhares de pessoas atentas, geralmente plebeus (pobres), sendo o grande entretenimento do público na época. Todos esperavam pelo grande momento do certame, no qual o inabalável imperador autorizava ou não, com um aceno, a morte ou o perdão do derrotado.
Parece-me que ocorre algo similar hoje com os políticos no Brasil, os novos imperadores da Antiga Roma, utilizam-se de eventos, principalmente do futebol – paixão nacional – para se auto promoverem, a fim de obter plena satisfação em seus interesses pessoais.
Na Idade Antiga, os imperadores forneciam pães que eram arremessados para uma platéia faminta e ofereciam o espetáculo, regado de muito sangue e violência, tido como diversão para aqueles pobres carentes. O que não difere dos tempos hodiernos, os nossos pães são os subsídios dados às torcidas, o pagamento de jogadores “caros”; o circo é a própria partida de futebol, onde os políticos também acenam ao público, fazem declarações com segundas intenções, enfim fazem de tudo pra ganhar a aceitação do povo.
Tudo isso aconteceu e ainda ocorre porque os imperadores lutavam com todas as forças a fim de obter o poder, este não consiste só no título político, mas, principalmente, a riqueza, algo que realmente domina ontem e hoje.
Assim como ocorria na Antiguidade, a alienação toma conta do povo, vítima das práticas ardis e temerárias daqueles legitimados por nós. “Pobre povo sem socorro...”. Até quando vamos nos enganar?
Viva a política do “pão e circo”!
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