“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar, que tudo era pra sempre sem saber, que o pra sempre, sempre acaba” Cássia Eller
Pais, familiares, professores, funcionários e amigos,
Estamos vivenciando este momento único em nossas vidas, hoje, não para o término dos nossos ciclos de amizade. Presenciamos aqui, o começo do início. Começo do início sim, concluir o Ensino Médio e o Terceiro ano nos implica uma série de desafios daqui para frente como: novas conquistas, entraves e amizades. Mas é senso comum para todos nós presentes, que as amizades que fizemos ao longo da caminhada escolar são consistentes, respeitosas e únicas. Únicas. Existem muitas pessoas que acrescentam anos nas suas vidas, nós, acrescentamos vidas aos nossos anos. Momentos de grande intensidade que com certeza, cada um que está aqui hoje não trocaria por nada. Laços que não se construíram da noite para o dia, ou seja, do acaso. Foram laços que se constituíram através de três casos: situações, afinidades e ações. Situações por muitas vezes paradoxais, afinidades por princípios e modo de pensar e as ações são aquelas que praticamos dia após dia. Fizemos parte do crescimento de não apenas mais um colégio e sim, O Colégio Maria Montessori, extensão da palavra família. Tiramos muitas lições dos nossos mestres até hoje. Estes, não ficaram restritos ao ensinamento teórico e avançaram para o nosso lado humano. Costumo dizer que nossa vida é uma pirâmide. A base que nos sustenta até hoje foi formada pelos fortalecimentos da importância da ética, do caráter, do companheirismo e da interação que possuímos com todos, sem restrições, do empregado aos Diretores. Mas, o que falar das histórias vividas por todos nós?
Para muitos, o início deu-se em 1996 na turma do Maternal. O tempo passou mesmo rápido, hein? Muito rápido. Como não se lembrar das nossas lancheiras penduradas na porta da sala ou até mesmo dos vômitos nada agradáveis de uma antiga companheira. Como não se lembrar do choro de muitos amigos que não queriam ser deixados pelos pais e hoje, certamente, choram por estar se despedindo do colégio. Como não lembrar dos livros lidos por nossos professores que foram primordiais. Avançando no tempo, chegam novos colegas e a Alfabetização. Como se esquecer das idas ao bosque e seu escorrega-rela? Do material dourado e das massinhas? As primeiras contas de matemática. Já no Ensino Fundamental, a chegada de outros companheiros e o prazer de aprender a ler e a escrever. As primeiras aulas de português, que se fizeram necessárias diante dos tantos erros no livro da Alfabetização. A velha rivalidade saudável entre as turmas matutinas e a turma vespertina. As viagens a Recife, Xingó, Chapada da Diamantina, Marechal Deodoro e Penedo. Então, em um momento que sempre será lembrado em nossas vidas, surgiu a junção da turma vespertina com as matutinas. De início, a rivalidade continuava. Dar tempo ao tempo parece ser realmente a melhor solução. Com as conversas, surgiram novos grupos de amigos que outrora se bicavam por causa de Jogos Internos. Como pode? É a tal da maturidade.
A partir desse ponto se formou o corpo da nossa pirâmide. Amizade por si só é sinônimo de verdade e traz com ela o respeito, o carinho, lealdade e diversões. Corpo da pirâmide que nos deu maior sustentação, e locomoção para o ano que se aproximava. Chegou então o tão temido por todos: o Ensino Médio. Tempo de nos preparar e estudar muito para o vestibular. O que de fato, fizemos. Muitos que antes haviam saído acabaram voltando, porque a saudade falou mais alto. Mas como nos esqueceremos das nossas quadrilhas no corredor? Das aberturas dos jogos? As mostras culturais? Os nossos quadros no corredor, definitivamente, nossos. Este é um Terceiro ano dez, no ano de 2010 que é par. Mas a nossa caminhada, tornou os anos indescritíveis, inigualáveis e por isso, ímpares. Como se esquecer das conversas com a Jailde? Dos puxões de orelha da Mércia e Valderez ou alguém que entrasse na nossa sala para falar: “ Assim não pode, assim não dá” e quando respondíamos “ Nós não estamos sabendo de nada, não é companheiros?” . E as aulas de revisão? As confraternizações, desde a primeira até a última? Nesse último ano, procuramos assegurar e afirmar o que há de mais belo no ser - humano: os princípios. Nunca antes na história deste colégio,não é país, foi encontrada uma turma tão unida, não só entre os alunos, mas alunos e funcionários, alunos e professores, alunos e direção. Nossos rostos e nomes não serão apenas cravados em uma placa nas paredes concretas do colégio. Serão concretizados nas memórias nossas e na das pessoas que aqui trabalham. E o que fazer para chegarmos ao ápice da nossa pirâmide? O futuro nos dará a resposta. Se mantivermos a base de sustentação e apoio que os mestres e professores nos ofereceram em conjunto com o corpo de amizade, equilíbrio e confiança que os amigos nos ofereceram o ápice tornar-se-á possível. Nos caminhos que seguiremos teremos encontros e desencontros. Nos encontros vamos reviver histórias e emoções do melhor período de nossas vidas : infância e juventude. Os retratos com todos os amigos, sem sombra de dúvidas, vão se encher de saudades e agradecimento. Alguns estão olhando para o lado nesse momento expressando através de gestos as palavras de agradecimento a tudo e a todos. Quanto às fotografias, como já dizia o músico Leoni:
“ E o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia”
E , por fim, caros amigos, não poderia deixar de interligar o nosso passado e presente com o nosso futuro. Futuro que será reflexo dos nossos aprendizados, um pouco de Paulo Coelho:
“Todo guerreiro ja ficou com medo de entrar em combate.
...
Todo guerreiro já perdeu a fé no futuro.
Todo guerreiro já trilhou um caminho que não era dele.
Todo guerreiro já sofreu por bobagens.
...
Todo guerreiro já achou que não era guerreiro.
Todo guerreiro já falhou em suas obrigações.
Todo guerreiro já disse "SIM" quando queria dizer "NÃO".
Todo guerreiro já feriu alguém que amava.
Por isso é um guerreiro; porque passou por estes desafios, e não perdeu a esperança de ser melhor do que era. “
Nós somos estes guerreiros. E, por sermos guerreiros, não vamos perder as esperanças de que no futuro podemos ser mais e os melhores. A caminhada para o triunfo é longa e escolheremos os mais variados sentidos para seguir. Cada um seguirá a placa que aponta para os seus sonhos, mas nem mesmo a distância será capaz de nos separar. Por sermos guerreiros, aguardaremos novos desafios. E nós estamos preparados, amigos. Nós estamos preparados.
Texto : Caio Lorena
lindo demais esse discurso caio!! parabéns!
ResponderExcluirMuito emocionante! Muito bem escrito e interpretado. Um prazer fazer parte desse nosso terceirão. Valeu Caio! Sucesso!
ResponderExcluirChorei taaanto! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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