(Baseada em
fatos reais) Quarta-feira à noite, no Brasil, é sinônimo de jogo. O relógio
marcava umas 18h55min e eu acabara de chegar com o motorista da empresa ao Rei
Pelé para cobrir a peleja entre CSA e Murici, que só seria disputada dali a uma
hora e trinta e seis minutos –contando com o minuto de silêncio e desconsiderando
o atraso usual. Mas por que eu estava lá tão cedo? Simplesmente porque, meus
caros, a direção do Centro Sportivo marcara para as 19h um desfile com o
objetivo de lançar a linha 2013 do clube marujo.
Isso tudo significava que eu tinha apenas 5 minutos para colher algumas informações e
capturar algumas ibagens. Isso, 5 minutos. Mas, por uma sorte (seria acaso?) do
destino, o último “modelo” a entrar no tapete azul estava bem atrasado. Fiquei
mais calmo e suei. Tava quente pra dedéu! Quando a cerimônia teve início, puxei
logo a câmera para tirar as fotos e... granulou! A minha modesta máquina consegue enganar
durante o dia, mas é impossível “maquiar” à noite. Não sou um exímio fotógrafo, admito, mas foram as limitações daa câmera mesmo. Resultado: fiz algumas
ibagens e parti pro campo assim que o desfile acabou. O ponteiro já apontava
20h10min. 'Corre, sua anta, se não vai perder a entrada dos times!'
Lá
no campo, fiz algumas fotos de “segurança” (jogadores perfilados, durante o
aquecimento, bolas paradas) e tentei umas mais difíceis. Sem muito sucesso. Já
no finalzinho da disputa, lá pros 45 do segundo tempo, saquei o celular do
bolso: era o momento de avisar ao motorista que meus trabalhos já estavam concluídos.
Disco o número e..
“Você não tem créditos suficientes para completar esta ligação, recar...”
‘Puta
que o pariu!’, foi o que me veio à cabeça. ‘Mas eu tenho 27 centavos de crédito!’.
Pensei rápido e descobri que a única saída seria o meu pai – que foi assistir o jogo e sempre atende minhas ligações a cobrar, afinal, é pai. ‘Pai, coloque crédito no meu celular, tou precisando pra fazer uma ligação’.
Percebendo minha situação, colocou-se a disposição para me levar de volta ao trabalho. Aceitei, é óbvio, era a única saída no momento.
Pensei rápido e descobri que a única saída seria o meu pai – que foi assistir o jogo e sempre atende minhas ligações a cobrar, afinal, é pai. ‘Pai, coloque crédito no meu celular, tou precisando pra fazer uma ligação’.
Percebendo minha situação, colocou-se a disposição para me levar de volta ao trabalho. Aceitei, é óbvio, era a única saída no momento.
Quando
saía do estádio, o motorista já estava me esperando. Liguei para o meu bom velho e cancelei a carona. Ao menos essa sorte (seria
acaso?) do destino eu tive. É certo que ele, o motorista, segurava um pneu e tinha a mão
banhada a graxa, mas isso aí já cabe noutra crônica...
Só um exemplo das belas fotos que tirei durante o desfile. Umas duas ou três se salvaram. Crédito: Precisa mesmo? |
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