quinta-feira, 26 de maio de 2016

a grande magia

bola ao chão e eles
viraram amigos sem
trocar uma palavra

domingo, 22 de maio de 2016

dica preciosa

minha mãe disse
chora que lágrimas
não causam dor

cri cri

grilos não cobram
couvert artístico
às flores

sexta-feira, 20 de maio de 2016

o baile das bocas

dois beijos pra
lá duas mordidas
pra cá. entendeu?

quinta-feira, 19 de maio de 2016

cacofonia

som emitido pelos
meus cacos que
tentam se recompor

domingo, 15 de maio de 2016

céu de brigadeiro

tudo escuro e os
granulados caem
lentamente

aula de música

trocadilho é colocar
as letras em uma
roda de samba

quarta-feira, 11 de maio de 2016

matemática desnuda

tirando o b de Bhaskara
calculo que ficam lisas
as kara quando te vejo

o menino da flanela vermelha

Baby, você não sabe o que me ocorreu, baby. Eu tentava ajeitar o som, passava pelo álbum da Gal, Chico, Caetano, Nação Zum... esse, vai ficar nesse, quando o semáforo optou por ficar fechado, acompanhando o tempo. Foi mais ou menos um minuto, baby. eu estava ali parado, imóvel e troquei de expressão com o garotinho de uns oito anos. Uma polo listrada nas cores azul e branca, ele vestia. Não tinha uma garrafa com água ou um rodo. Puxou uma flanela vermelha e acariciou um dos retrovisores. Ele me olhava como quem pedia licença. Me ajudava muito naquilo que conseguia fazer. O sinal abriu. São Pedro e eu não resistimos.

terça-feira, 10 de maio de 2016

de onde nunca saí

me contaram que
o circunflexo é uma casa
eu moro no silêncio

terça-feira, 3 de maio de 2016

domingo, 1 de maio de 2016

ciências humanas

quero me perder
na floresta temperada
dos teus cachos