quarta-feira, 11 de maio de 2016

o menino da flanela vermelha

Baby, você não sabe o que me ocorreu, baby. Eu tentava ajeitar o som, passava pelo álbum da Gal, Chico, Caetano, Nação Zum... esse, vai ficar nesse, quando o semáforo optou por ficar fechado, acompanhando o tempo. Foi mais ou menos um minuto, baby. eu estava ali parado, imóvel e troquei de expressão com o garotinho de uns oito anos. Uma polo listrada nas cores azul e branca, ele vestia. Não tinha uma garrafa com água ou um rodo. Puxou uma flanela vermelha e acariciou um dos retrovisores. Ele me olhava como quem pedia licença. Me ajudava muito naquilo que conseguia fazer. O sinal abriu. São Pedro e eu não resistimos.

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