Já procurei fazer um censo
Para entender qual o teu senso
O que te faz aos céus ascender
Aquilo que eu não consigo acender
Já tentei flores ou um bonito buxo
Mas parei quando vi o teu bucho
Depois fiz de tudo para consertar
Palavras calmas para concertar
Às vezes acho que sou um insipiente
Ou talvez você que é incipiente
Já ofereci castelo e paço
Mas me diga para onde vai o seu passo
Tira o ponto desse laço
Pois de você já estou lasso
Autor: Caio Lorena
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Poema - Chega solução
Tanta demora para um simples sim ou não
Qual o problema para uma solução
Marca de vez um x na questão
Do lado interior vem a tua imprevisão
Do lado exterior a frieza da tua mão
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Espero uma resposta do fundo do coração
Uma resposta disposta com argumento e razão
Se me acolhe como amor ou dispensa como pavão
Nasci em fevereiro para tua salvação
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Me aceite, me ame, ninguém gosta da solidão
Da paixão, da solidão, tomaria qualquer poção
Juro que não coleciono figurinha em coleção
Será que é medo ou ilusão?
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Autor: Caio Lorena
Qual o problema para uma solução
Marca de vez um x na questão
Do lado interior vem a tua imprevisão
Do lado exterior a frieza da tua mão
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Espero uma resposta do fundo do coração
Uma resposta disposta com argumento e razão
Se me acolhe como amor ou dispensa como pavão
Nasci em fevereiro para tua salvação
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Me aceite, me ame, ninguém gosta da solidão
Da paixão, da solidão, tomaria qualquer poção
Juro que não coleciono figurinha em coleção
Será que é medo ou ilusão?
Mas eu odeio essa sua indecisão...
Autor: Caio Lorena
domingo, 27 de dezembro de 2009
POEMA - Circo nacional
É muito fácil vender sua opinião
Em troca de cinqüenta, apoiar a corrupção
Como se não bastasse, vai no mercado
Vender o país, a cidade ou o próprio estado
É muito fácil reclamar do que vê na tevê
Se o telejornal está mostrando o verdadeiro você
Achando tudo normal, você não vê a máscara
Com o seu dinheiro compram sítio, fazenda e chácara
Seus escolhidos vão pra Brasília
Quando deveriam ir para a bastilha
A bastilha pronta, aguardando o político
Coca-cola, pipoca e que comece o circo
Circo que a platéia é a palhaça
O circo que não tem a menor graça
O circo nacional quase todo viril
O circo que chamamos de Brasil
Autor: Caio Lorena
Em troca de cinqüenta, apoiar a corrupção
Como se não bastasse, vai no mercado
Vender o país, a cidade ou o próprio estado
É muito fácil reclamar do que vê na tevê
Se o telejornal está mostrando o verdadeiro você
Achando tudo normal, você não vê a máscara
Com o seu dinheiro compram sítio, fazenda e chácara
Seus escolhidos vão pra Brasília
Quando deveriam ir para a bastilha
A bastilha pronta, aguardando o político
Coca-cola, pipoca e que comece o circo
Circo que a platéia é a palhaça
O circo que não tem a menor graça
O circo nacional quase todo viril
O circo que chamamos de Brasil
Autor: Caio Lorena
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Poema - A fome dos outros
Enquanto você de fartura, come
O outro lado vive na miséria
O outro por trás de um galho se esconde
O outro come até pedra e terra
Enquanto você desperdiça a comida
O outro lado chora por vida
Lágrimas de tristeza e abandono
Enquanto você no sofá de luxo, cai no sono
Enquanto você pensa no light ou diet.
Escolhendo entre vinho, champagne ou sprite
O outro morre por falta de água
E o urubu não perdoa nem a pobre alma
Se você tem nojo no porco, da bisteca
Imagine da criança que tem visível, a costela
Enquanto para você magreza é sinônimo de beleza
O outro lado vê esta beleza, com tristeza
A tristeza de quem daria tudo
Daria tudo por um prato de comida
Prato de comida como uma destemida
Destemida fome de viver neste mundo
Mundo que não passa de inútil
Inútil, imundo, inacreditável e fútil
Autor: Caio Lorena
O outro lado vive na miséria
O outro por trás de um galho se esconde
O outro come até pedra e terra
Enquanto você desperdiça a comida
O outro lado chora por vida
Lágrimas de tristeza e abandono
Enquanto você no sofá de luxo, cai no sono
Enquanto você pensa no light ou diet.
Escolhendo entre vinho, champagne ou sprite
O outro morre por falta de água
E o urubu não perdoa nem a pobre alma
Se você tem nojo no porco, da bisteca
Imagine da criança que tem visível, a costela
Enquanto para você magreza é sinônimo de beleza
O outro lado vê esta beleza, com tristeza
A tristeza de quem daria tudo
Daria tudo por um prato de comida
Prato de comida como uma destemida
Destemida fome de viver neste mundo
Mundo que não passa de inútil
Inútil, imundo, inacreditável e fútil
Autor: Caio Lorena
Poema - Homografia
Desse teu jogo
Eu não mais jogo
Do teu desespero
Não me desespero
Se me dá cede
Passo na tua sede
Me chama pro almoço
Então, almoço
Pois quando você parte
É só mais uma parte
É como insistir no erro
Que no final eu sempre erro
É o fim
Tchau, enfim
Adeus!
Autor: Caio Lorena
Eu não mais jogo
Do teu desespero
Não me desespero
Se me dá cede
Passo na tua sede
Me chama pro almoço
Então, almoço
Pois quando você parte
É só mais uma parte
É como insistir no erro
Que no final eu sempre erro
É o fim
Tchau, enfim
Adeus!
Autor: Caio Lorena
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Poema - Você se foi?
Tua sempre conversa de escocês
Levando nas fugas tamanha incompreensão
Partindo sem dó o meu coração
Já que se foi, vá-te embora de vez
Logo eu que imaginava ter grande sensatez
Desde o momento no qual nos conhecemos
A me evitar como dois extremos
Supus fazer parte da timidez
Já que se foi, vá-te embora de vez
Partiu às três
Sem explicação nem porquê
Sem preocupar-se com o mau que fez
Sem ao menos buscar me entender
Já que se foi, vá-te embora de vez
Autor: Caio Lorena
Levando nas fugas tamanha incompreensão
Partindo sem dó o meu coração
Já que se foi, vá-te embora de vez
Logo eu que imaginava ter grande sensatez
Desde o momento no qual nos conhecemos
A me evitar como dois extremos
Supus fazer parte da timidez
Já que se foi, vá-te embora de vez
Partiu às três
Sem explicação nem porquê
Sem preocupar-se com o mau que fez
Sem ao menos buscar me entender
Já que se foi, vá-te embora de vez
Autor: Caio Lorena
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Poema - Status social
Te olham de baixo para cima
De um lado para o outro
A procura de uma pecinha
Ou de um pedaço de ouro
Não importa o teu rosto
Só a roupa que tu veste
Se está de carro novo
Não ligam pro teu “disquete”
A mala vem chegando atrás
Com um bolo de dinheiro
Caráter e dignidade? Jamais!
Ninguém se vê no próprio espelho
Espelho que nos mostra a face
A face de quem não pensa
A face de quem quer disfarce
No nosso mundo sem cérebro e cabeça
O cheque que compra e vende
Mercadoria, cabelo e a moda
Aos olhos de quem assiste descrente
Vende-se até a própria alma
Autor: Caio Lorena
De um lado para o outro
A procura de uma pecinha
Ou de um pedaço de ouro
Não importa o teu rosto
Só a roupa que tu veste
Se está de carro novo
Não ligam pro teu “disquete”
A mala vem chegando atrás
Com um bolo de dinheiro
Caráter e dignidade? Jamais!
Ninguém se vê no próprio espelho
Espelho que nos mostra a face
A face de quem não pensa
A face de quem quer disfarce
No nosso mundo sem cérebro e cabeça
O cheque que compra e vende
Mercadoria, cabelo e a moda
Aos olhos de quem assiste descrente
Vende-se até a própria alma
Autor: Caio Lorena
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Poema - Espaço Moderno
Quase sempre me vejo num filme
Não é comédia, romance nem suspense
Talvez um drama meio que imaginário
Como o único peixe nadando no aquário
Como para um bêbado, a última gota de aguardente
Vivemos rodeados de incertezas
A única certeza é que, não admitimos o corrompimento
O dinheiro é essencial pro casamento
A felicidade no aquário, se esconde nas profundezas
Como um artista que vende seu talento
Como um rico dono das empresas
Quando não nos convém, saímos de rompante
Quando o mal nos aparece, fazemos uma prece
Quando a máscara cai, retornarmos ao instante
Como um aproveitador de instantes
Como um mentiroso que a própria mentira esquece
Autor: Caio Lorena
Não é comédia, romance nem suspense
Talvez um drama meio que imaginário
Como o único peixe nadando no aquário
Como para um bêbado, a última gota de aguardente
Vivemos rodeados de incertezas
A única certeza é que, não admitimos o corrompimento
O dinheiro é essencial pro casamento
A felicidade no aquário, se esconde nas profundezas
Como um artista que vende seu talento
Como um rico dono das empresas
Quando não nos convém, saímos de rompante
Quando o mal nos aparece, fazemos uma prece
Quando a máscara cai, retornarmos ao instante
Como um aproveitador de instantes
Como um mentiroso que a própria mentira esquece
Autor: Caio Lorena
Seguimento no blog!
A partir de hoje, continuarei a jornada iniciada pelo meu maior ídolo( Felipe Lorena).
sábado, 13 de junho de 2009
Entregaram as chaves aos bandidos
Com as devidas escusas pelo tema demasiadamente intenso e por eventuais insatisfações do público, tem-se a audácia de escrever breves linhas acerca da hodierna realidade do futebol brasileiro, mais precisamente do futebol alagoano.
Urge a concreção, para um melhor entendimento por parte do leitor, de indagações conclusivas, a saber: 1º Você revelaria a senha da sua conta corrente a um ladrão, a fim de que ele controlasse suas finanças? 2º Você contrataria um administrador temerário para sua empresa que estivesse sendo processado por diversos outros crimes?
É óbvio que a resposta é: Não, claro que não.
A revolta é grande, tão grande que não podemos ficar inertes, chega de omissão e comodismo; chegou a hora de cobrar, exigir transparência financeira nos clubes alagoanos. O torcedor está cansado de ver a divulgação maquiada do público nos jogos, a renda subtraída e sabe-se lá pra onde vai esse dinheiro.
Os clubes alagoanos são absolutamente viáveis, o torcedor pode ser inerte e omisso, mas besta, com certeza não é. Quando houver organização, transparência e, principalmente, boa-fé por parte dos dirigentes, conselheiros e sócios, voltaremos a ser grandes no Nordeste e quem sabe ter um renome no cenário nacional.
Agora, fazer dos clubes de futebol profissional um zoológico, onde os bichos não são exóticos, selvagens ou formosos, mas sim animais repugnantes e conhecidos de todos nós (ratos, cobras, dinossauros, taturanas), não é a melhor alternativa.
Urge a concreção, para um melhor entendimento por parte do leitor, de indagações conclusivas, a saber: 1º Você revelaria a senha da sua conta corrente a um ladrão, a fim de que ele controlasse suas finanças? 2º Você contrataria um administrador temerário para sua empresa que estivesse sendo processado por diversos outros crimes?
É óbvio que a resposta é: Não, claro que não.
A revolta é grande, tão grande que não podemos ficar inertes, chega de omissão e comodismo; chegou a hora de cobrar, exigir transparência financeira nos clubes alagoanos. O torcedor está cansado de ver a divulgação maquiada do público nos jogos, a renda subtraída e sabe-se lá pra onde vai esse dinheiro.
Os clubes alagoanos são absolutamente viáveis, o torcedor pode ser inerte e omisso, mas besta, com certeza não é. Quando houver organização, transparência e, principalmente, boa-fé por parte dos dirigentes, conselheiros e sócios, voltaremos a ser grandes no Nordeste e quem sabe ter um renome no cenário nacional.
Agora, fazer dos clubes de futebol profissional um zoológico, onde os bichos não são exóticos, selvagens ou formosos, mas sim animais repugnantes e conhecidos de todos nós (ratos, cobras, dinossauros, taturanas), não é a melhor alternativa.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Viva a política do pão e circo!
Já dizia o insigne poeta brasileiro Cazuza em sua célebre frase: “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo o museu de grandes novidades...”.
Pois é, não obstante vivermos no século XXI, termos alcançado consideráveis avanços no conhecimento, realizado conquistas notáveis e inesperadas; inúmeras práticas arcaicas que vigoraram até mesmo séculos antes de Cristo, continuam presentes no nosso cotidiano.
Uma dessas práticas é a tão famosa política do “pão e circo”, adotada pelo primeiro imperador Romano (Otávio) que governou o império romano de 27 a.C até 14 d. C. Dentre as várias medidas, destacamos a supramencionada política pela luta da legitimidade de seu poder, consistia numa estratégia dele para submeter o povo (plebe) através da promoção de eventos.
Esses eventos são muito conhecidos por todos nós. Coliseu? Gladiadores? Isso mesmo! O imperador investia maciçamente em anfiteatros, como o Coliseu. Nesses, havia grandes duelos de gladiadores (guerreiros) que lutavam entre si ou contra animais ferozes, sempre assistidos por milhares de pessoas atentas, geralmente plebeus (pobres), sendo o grande entretenimento do público na época. Todos esperavam pelo grande momento do certame, no qual o inabalável imperador autorizava ou não, com um aceno, a morte ou o perdão do derrotado.
Parece-me que ocorre algo similar hoje com os políticos no Brasil, os novos imperadores da Antiga Roma, utilizam-se de eventos, principalmente do futebol – paixão nacional – para se auto promoverem, a fim de obter plena satisfação em seus interesses pessoais.
Na Idade Antiga, os imperadores forneciam pães que eram arremessados para uma platéia faminta e ofereciam o espetáculo, regado de muito sangue e violência, tido como diversão para aqueles pobres carentes. O que não difere dos tempos hodiernos, os nossos pães são os subsídios dados às torcidas, o pagamento de jogadores “caros”; o circo é a própria partida de futebol, onde os políticos também acenam ao público, fazem declarações com segundas intenções, enfim fazem de tudo pra ganhar a aceitação do povo.
Tudo isso aconteceu e ainda ocorre porque os imperadores lutavam com todas as forças a fim de obter o poder, este não consiste só no título político, mas, principalmente, a riqueza, algo que realmente domina ontem e hoje.
Assim como ocorria na Antiguidade, a alienação toma conta do povo, vítima das práticas ardis e temerárias daqueles legitimados por nós. “Pobre povo sem socorro...”. Até quando vamos nos enganar?
Viva a política do “pão e circo”!
Pois é, não obstante vivermos no século XXI, termos alcançado consideráveis avanços no conhecimento, realizado conquistas notáveis e inesperadas; inúmeras práticas arcaicas que vigoraram até mesmo séculos antes de Cristo, continuam presentes no nosso cotidiano.
Uma dessas práticas é a tão famosa política do “pão e circo”, adotada pelo primeiro imperador Romano (Otávio) que governou o império romano de 27 a.C até 14 d. C. Dentre as várias medidas, destacamos a supramencionada política pela luta da legitimidade de seu poder, consistia numa estratégia dele para submeter o povo (plebe) através da promoção de eventos.
Esses eventos são muito conhecidos por todos nós. Coliseu? Gladiadores? Isso mesmo! O imperador investia maciçamente em anfiteatros, como o Coliseu. Nesses, havia grandes duelos de gladiadores (guerreiros) que lutavam entre si ou contra animais ferozes, sempre assistidos por milhares de pessoas atentas, geralmente plebeus (pobres), sendo o grande entretenimento do público na época. Todos esperavam pelo grande momento do certame, no qual o inabalável imperador autorizava ou não, com um aceno, a morte ou o perdão do derrotado.
Parece-me que ocorre algo similar hoje com os políticos no Brasil, os novos imperadores da Antiga Roma, utilizam-se de eventos, principalmente do futebol – paixão nacional – para se auto promoverem, a fim de obter plena satisfação em seus interesses pessoais.
Na Idade Antiga, os imperadores forneciam pães que eram arremessados para uma platéia faminta e ofereciam o espetáculo, regado de muito sangue e violência, tido como diversão para aqueles pobres carentes. O que não difere dos tempos hodiernos, os nossos pães são os subsídios dados às torcidas, o pagamento de jogadores “caros”; o circo é a própria partida de futebol, onde os políticos também acenam ao público, fazem declarações com segundas intenções, enfim fazem de tudo pra ganhar a aceitação do povo.
Tudo isso aconteceu e ainda ocorre porque os imperadores lutavam com todas as forças a fim de obter o poder, este não consiste só no título político, mas, principalmente, a riqueza, algo que realmente domina ontem e hoje.
Assim como ocorria na Antiguidade, a alienação toma conta do povo, vítima das práticas ardis e temerárias daqueles legitimados por nós. “Pobre povo sem socorro...”. Até quando vamos nos enganar?
Viva a política do “pão e circo”!
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