domingo, 27 de novembro de 2011

Quando chega a sua vez...


Nem vem com essa história que ficar sozinha é bom, garota, com esse papo que não faz questão de ter uma companhia; não da a mínima de receber mensagens que desejam um “boa noite”, de receber ligações inesperadas quando você já está de camisola, pronta para dormir agarrada em seu travesseiro; que não fica apreensiva e, como conseqüência, sente um friozinho na barriga quando está no mesmo lugar que “aquele garoto”.

Nem vem com essa conversa que a noite na boate foi ótima porque você dançou a noite toda, porque você parece querer esquecer que estava sozinha, enquanto sua amiga, exatamente aquela que prega o desapego, dançava colada ao rapaz cuja conversinha nas redes sociais rendia bastante. Moça, não tente enganar os outros ao dizer que um menino tentou “ficar com você” por lá, porque esse tipo de investimento, quando não há relação de certo tempo, se mostra tão vazio. E todos sabem disso.

Nem vem com essas mesmas desculpas que julgam os relacionamentos como uma dor de cabeça; que não teria paciência pra um cinema particular com um garoto, regado a comédia besteirol romântica e muita comida calórica; que não vê graça em acompanhar um show com o paquera; que não vê tempo para um passeio de mãos dadas pela praia da cidade; que não há como dividir o tempo entre amigos e namorado. Sabe por quê? Porque isso é o que todos os solteiros (as) colocam na tua cabeça pra fazer com que você não abandone o clube daqueles que amam viver a solidão, perdão, solteirice. Nem vem com essa de falta de tempo para amar.

Nem vem com essa coisa de ser fria, que a última experiência que teve a esgotou e que, por isso, não teria mais condições de se entregar a um novo rapaz; que esse coração de ferro não tem como ser tocado ou mudado, quando, na verdade, se encontra simplesmente num estado de espera, e lembre-se disso: espera demanda tempo.

Mas, quando esse tempo chegar, não vá com um julgamento precipitado da situação, porque cada momento tem a sua hora certa, cada frase tem sua palavra-chave e, além disso, há o nervosismo em cada palavra dita, calculando-se milimetricamente cada letra. Quando a sua vez chegar, garota, não vá com desculpas, não coloque dificuldades para se entregar.

Sabe por quê? Porque é aí que chegou a hora do silêncio das bocas, das vozes dos abraços apertados e das súplicas dos olhos quando se vêem. E aí, garota, o resto da história eu deixo para você contar.

Um comentário: