segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mundo utópico: por trás das máscaras





Nós, enquanto humanos, somos cercados de inúmeras utopias e realidades, enganos e desenganos, trapaças e verdades, máscaras e a face nua e crua. Mas a verdade dói. Sendo assim, mergulhamos no aquário de um mundo utópico, repleto de mentiras e fraudes. Procuramos a todo custo evitar a realidade da vida, os desenganos descobertos e esconder a verdade. Omitimos e tratamos com negligência as questões mais importantes, supervalorizamos e idealizamos atitudes banais. Por exemplo, gastamos tempo de menos com estudos e família, usamos demais do mesmo para festas particulares com amigos nem sempre amigos.

Enquanto homens e mulheres, ágeis o suficiente para escolher as atitudes e encher o peito para realizá-las. Arregaçamos as mangas na hora do popular “vamos ver” e ignoramos palavras de quem só quer o nosso bem. Agimos por impulso para ganhar o ilusório bônus. E ganhamos, ou melhor, “ganhamos”. Depois, vem a hora de assumir a escolha perante os outros, mas negamos. A coragem que nos dominava outrora virou covardia. É mais fácil se esconder por trás das máscaras a arriscar nossa reputação. Reputação? Dignidade? O que é isso?

Quando executados os equívocos, temos dificuldade de assumi-los diante dos pais também. Quem deseja que os outros não saibam, não faz. Depositamos nossa confiança no cofre da memória daqueles que julgamos amigos. Mais um desengano. Esquecemos que os amigos também são humanos como nós e escancaram nossa verdade para outra pessoa não tão amiga nossa. Que conta para outra e a outra para outra. Inutilmente, tentamos desviar o foco alegando mudança de postura. Novamente a verdade nua e crua: o caráter não muda

Até que chega o momento em que a consciência pesa como um elefante. Olhamos para trás com lentes agora distorcidas que nos causam mal-estar fruto apenas de uma reação que é reflexa de nossas ações. Julgamos o outro, prometemos mudança e caímos em ato falho novamente. Perpetuamos o círculo vicioso e o mundo de amigos dos tempos passados. Nenhum esforço de mudança funciona desse jeito. Melhor então ficar mudo a mudar a realidade, assim as coisas funcionam melhor. Utopia.

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