sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Por que o PSD incomoda tanto?
Com a criação do PSD, Gilberto Kassab vira protagonista.
O PSD se define como um partido do centro, ou seja, nem de direita - atual oposição, nem de esquerda – atual situação.
Kassab se distanciou de Serra e está se aproximando do PT.
A oposição, formada principalmente por PSDB e DEM, está perdendo deputados, senadores e até governadores para o novo partido. Por isso tenta barrar a aprovação do novo partido, mesmo
sabendo que o principal objetivo do PSD é 2014 e, até lá, estará aprovado.
Percebendo a força que o PSD terá, o PT já estuda oferecer um ministério ao novo partido lá pra janeiro.
Mas o PSD também incomoda o PMDB, principal aliado do PT. Mesmo que Kassab não queira criar conflitos com os peemedebistas, alguns deputados, senadores ou até mesmo governadores também estão migrando para o novo partido.
Ao mesmo tempo, diminui a força do PT ao conquistar equilíbrio com o PMDB.
Julgado como um “partido sem ideologia”, o PSD tem agora papel importantíssimo no cenário político. Segundo o próprio Kassab, o futuro partido já conta com 50 deputados federais, 2 ou 3 senadores, 2 governadores e ainda 6 vice-governadores.
Mas será que se transformará num novo PMDB? Aproveitador de momentos?
Por todas essas razões, o PSD vem causando tanta dor de cabeça tanto na oposição quanto na situação.
Mas, fugindo um pouco do assunto, será que a nação precisa de mais um partido?
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Vitória sobre os hermanos
A partida começa com o Brasil buscando o ataque, mas, em contrapartida, a Argentina marcava forte e bem.
A monotonia do jogo pareceu que ia ser quebrada com um chute de Lucas sem perigo aos 7 minutos.
Nesses 15 minutos iniciais, Cortês já mostrava ser um jogador determinado em campo e esboçava boas subidas ao ataque pelo lado esquerdo do campo.
Aos 28 minutos, Neymar ensaia boa jogada, com direito a drible da vaca, mas não consegue sucesso e termina em escanteio.
Ronaldinho Gaúcho aparece pela primeira vez, efetivamente, na partida com um chute que lhe causou uma fisgada na perna aos 34 minutos. Finalmente uma jogada pelo meio do Brasil, que ataca muito pelos lados.
A melhor oportunidade do primeiro tempo saiu de uma bela jogada individual de Lucas. Ao passar por alguns adversários argentinos, tocou para Borges que tentou o cruzamento; a bola resvalou no argentino e acabou sendo um passe açucarado para Neymar. Furou e não aproveitou a chance.
Final de primeiro tempo, partida fraca com destaque para as boas exibições de Lucas e Cortês.
O segundo tempo prometia ser mais agitado. E foi.
Logo no começo, os hermanos chegaram com perigo, mas Jefferson fez boa defesa e mandou pra escanteio.
Aos 8 minutos, numa jogada que começou nos pés do bom jogador Cortês, Borges tocou de lado para Danilo que com um bom passe serviu Lucas, o meia do São Paulo poderia ter tocado para Neymar, que estava livre no meio, mas finalizou e fez o gol.
Lucas pede para ser substituído aos 24 minutos, cansaço pesou. No seu lugar, Diego Souza, que participaria da jogada do 2º gol mais tarde.
Aos 29 minutos, Cortês vai carregando a pelota e dá bom passe para Diego Souza que, perto da entrada da área, cruza para Neymar. Dessa vez, ele não desperdiçou, Brasil 2x0.
Depois disso, gritos de “olé” sem nenhum sentido, já que a seleção não apresentou um futebol brilhante.
Até que a partida acaba em Belém: Brasil 2x0 Argentina. Os hermanos com Montillo e Guiñazu são um Equador melhorado.
Além disso, essa não é a seleção brasileira, a seleção brasileira titular ainda precisa vencer e convencer.
Notas:
Jefferson: 7. Trabalhou apenas no segundo tempo, mas fechou o gol quando preciso.
Danilo: 5. Fraco ofensivamente no 1º tempo, além da displicência, melhorou na segunda etapa com a assistência
Rever: 7. Boa atuação do zagueiro do Atlético-MG, que não anda bem das pernas. Desarmou bem quando preciso.
Dedé: 6. Não comprometeu, mas não passou muita segurança. Montillo ganhava maior parte das jogadas, assim como na partida passada pelo campeonato brasileiro.
Cortês: 8.5. Estreia sempre é difícil, mas o lateral não demonstrou nervosismo e superou as expectativas. Muito bem no ataque, mas precisa desenvolver a marcação, leva bolas nas costas de maneira desnecessária.
Ralf: 5. Fraco até dizer “basta!”. Perde a saída de bola ao recuar a bola pra os zagueiros e não passa segurança na marcação.
Rômulo: 6. Fez o feijão com arroz, não demonstrou nada demais.
R.Gaúcho: 5. Talvez o pior em campo pelo Brasil. Não produziu jogadas pelo meio do campo( Pode ser uma das explicações pra sua fraca exibição). Só levantou o trofeu.
Neymar: 7.5 .Fez o segundo gol e partiu pra cima, ao menos tentou criar oportunidades.
Lucas: 8.5. Quis jogo, foi pra cima e criou as situações mais perigosas pra seleção, além de ter marcado o 1º gol. Saiu por cansaço, mas ovacionado pela torcida.
Borges: 6. Entrou pra fazer o papel de centroavante e, desde o início, tentou cavar faltar perto da área adversária. Não teve muitas oportunidades porque a bola não chegava.
Diego Souza e Fred pouco jogaram.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
O drama de um caranguejo que fala
Crash! A estrutura cai e, juntamente a ela, todas as pessoas presentes no local. A queda me deixara imóvel, bem próximo ao chão e com o meu pé direito sobre o solo sendo esmagado por outro pé. Minha perna esquerda está antagonicamente posicionada e flexionada para cima, presa entre os corpos de outras pessoas. Meu braço esquerdo sendo esmagado por dois corpos, provavelmente os mesmos, e ainda segurando o refrigerante. Aflito, mexo minha cabeça para os dois lados e só enxergo costas e camisas. Levanto-a pra cima e, enfim, respiro.
Enquanto isso, a onomatopéia da queda agora virou grito das vítimas, principalmente das mulheres. “Calma! Calma!”, berravam alguns encorajadores também presos, mas o temor estava em mim, confesso que estava desesperado. A boca e os olhos bem abertos esbanjavam o medo que sentia naquela hora, principalmente por ter inúmeros outros corpos sobre mim e já imaginava ter que suportar todo aquele peso por um bom tempo, até que minhas pernas desistissem e escorregassem no terreno de lamaçal. Mais tarde voltarei a falar do terreno. Não conseguia me acalmar. “Calma, tão tirando!”, gritavam agora os encorajadores e isso fez aliviar um pouco a minha tensão. Fomos, em boa parte, salvos pelas mãos dos que não caíram.
O resultado dessa experiência ainda me dói física e psicologicamente. Não dá pra esquecer as minúcias do momento da queda e a posição do meu corpo quando preso. Quanto à parte física, meu braço esquerdo ainda dói, mas se for olhar por esse lado, ainda tive sorte quando comparado aos danos que outros sofreram com a queda. O show pra mim já não fazia sentido, a negligência, pra não falar outra coisa, na construção do camarote me deixou abismado. Só pra completar a cena, eu caí dentro do camarote, embora, em post veiculado num blog, o produtor tenha alegado que só a escada de acesso caiu e não o camarote.
Agora, já resguardado e seguro no aconchego da minha casa, que me oferece uma digna estrutura, diga-se de passagem, leio no mesmo post do produtor que nós temos que mudar esse conceito de que Alagoas é a “terra da síndrome do caranguejo”, onde as pessoas procuram sempre “derrubar” e “falar mal” dos que procuram fazer alguma coisa pela cidade ou pelo estado. Desculpe, mas tenho que discordar, senhor produtor. Caranguejos éramos nós. Caranguejos-humanos.
Éramos caranguejos amarelos, vermelhos, marrons e azulados que se espremiam uns nos outros sobre o mangue num instinto de sobrevivência para tentar escapar, pisando e machucando uns aos outros para tentar sair primeiro, como os próprios caranguejos fazem tentando sair do tanque onde são criados. Talvez nossa principal diferença em relação aos siris, nossas patas em forma de unha que facilitam na locomoção terrestre, tenha nos ajudado a escapar da situação. Mas agora, como já disse acima, minha pata esquerda ainda dói, o que hei de fazer?
Sinto informar, também, que o festival não foi um sucesso pelo motivo já explicado nesse relato pessoal, mesmo que o senhor procure minimizar o acontecido e ampliar os pontos positivos, defendido por uma massa de, digamos, cabeças de camarão que insistem em repetir o seu ditado sobre nós, caranguejos.
Viramos caranguejos e os senhores, (ir) responsáveis e baba-ovos de alto escalão, transformaram-se em camarões. Espero que não se sintam ofendidos, embora tenha que admitir aqui o motivo do apelido “camarão”: pelo que carregam na cabeça ao falar sem pensar.
Só pra pôr um fim no acontecido, asseguro que não temos nenhuma síndrome. Temos mesmo é a revolta, a revolta de quem pagou caro, até mesmo um peixe, por uma estrutura patética.
E assim vou terminando, dois dias após o ocorrido. Mas como dizia Chico " A dor da gente não sai no jornal".
Passar bem com os nossos peixes.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Somos donos dos nossos destinos
Acontece que às vezes me aparece essa súbita vontade de escrever. Não procuro me restringir a apenas uma vertente, procuro sempre as múltiplas escolhas que a própria vida nos oferece em sua simples espontaneidade. Então, uma verdadeira cerimônia começa a ser preparada. Ligo o computador - abandonei de certo modo a produção à mão, desligo-me do mundo, mas da televisão primeiramente, e, só depois de tudo isso, procuro aconchego nas malhas da rede localizada na varanda. Começo então a desenhar os possíveis traços do tema de hoje: a profissão.
Imagino o acordar de todas as manhãs desses jovens que enfrentarão, geralmente no final do ano, os duros, concorridíssimos e temidos vestibulares. O fardo torna-se ainda maior com a esperança, que também se transforma em peso-responsabilidade, depositada pelos familiares. Passar no vestibular é obrigação, o fracasso é um fracasso. Ponto. Penso então naqueles outros que além de tudo isso ainda são tratados com desdém pelos próprios pais, pelos colégios ou por aqueles que resolveram o direito ou a medicina e nasceram para brilhar.
Os jovens, principalmente pelo que vejo aqui em Alagoas, que não optam por cursar direito ou medicina são encorajados pelos próprios pais a mudarem a decisão. O raciocínio dos nossos heróis é basicamente esse “Você vai morrer de fome se realmente cursar isso”. Vejo então quantos sonhos de vida são abandonados e se tornam apenas lembranças no pote de nostalgias da vida. Então valorizo os que mantêm firme suas decisões e são capazes de agir com responsabilidade e se livrar dos laços conservadores familiares que não existirão para sempre. Precisamos pensar e guiar a nós mesmos.
Concordo com uma frase - que vi em algum lugar e agora peço desculpas ao seu autor, que nos diz mais ou menos o seguinte “Nenhum homem é capaz de viver sem sonhos”. Então eu penso naqueles que não desistem dos desejos de criança de se tornarem lingüistas, engenheiros, biólogos, professores e outras profissões para se tornarem frustrados profissionais e, conseqüentemente, pais e mães herdeiros e vetores do preconceito.
Então, a essa hora da madrugada, encontro-me com diversas dúvidas que me percorrem a cabeça todas as vezes que leio fantásticas matérias. “Será que algum dia eu vou conseguir escrever matérias como esta? Será que serei um jornalista reconhecido?”. Penso no arquiteto que se questiona “Será que poderei fazer obras como as de Niemeyer? Será que vou conseguir fazer tanto quanto Le Corbusier?”. Chego então à conclusão de que são essas dúvidas que sustentam nossos sonhos, nossas vidas. Seremos eternos empenhados em melhoras, não meros conformados com um pouco.
Mas a grande verdade de tudo isto é que o sono já vai chegando e eu preciso sonhar mais um pouco. Sonhar faz bem, rejuvenesce a alma. Gostaria, no entanto, de agradecer a todos aqueles que arcam com suas próprias escolhas e, de certa forma, nos ajudam a construir um mundo melhor, livre de um homogeneizante pensamento ultrapassado e repleto de preconceitos. Um “bravo!” a todos aqueles que legislam seus destinos e suas metas, dia após dia.
Como diria William E. Henley no poema Invictus "Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma."
Obrigado pela atenção.
sábado, 10 de setembro de 2011
A confiança e suas eternas dúvidas
A confiança é mesmo algo sério. Como os próprios adultos – avôs, avós, pais, mães – já nos asseguram desde a época em que éramos pequenos sonhadores. Toda a fala soava como mera conversa fiada e nos passava a idéia da confiança ser distante das situações cotidianas. Nunca imaginávamos que um dia precisaríamos usar e saber lidar com essa palavra curta, mas de significado único, diria até essencial para todos os tipos de relacionamentos.
Responsabilidades carregam consigo a confiança. Elos são construídos e nos exigem obrigação de respondermos por nossas ações. Depositamos esperanças demais em menos pessoas por uma precaução necessária e sabemos muito bem em quem, no que e onde acreditar à medida que crescemos.
A confiança pode também ser remetida à infância dos já aqui relatados pequenos sonhadores. Costumo dizer que ela é como um boneco de pelúcia. Realizamos o primeiro contato, gostamos da aparência externa e queremos manter, as pelúcias e pessoas, perto de nós. Tratamos com carinho, aperfeiçoamos as aparências e desejamos, em certas ocasiões, que as pessoas fossem até emudecidas pelúcias, como apenas uma fonte de exteriorização de nossos sentimentos e angústias. Após certo tempo de provação da relação, passamos a crer sem contestações.
E quando vamos adiante, ela pode ser quebrada com palavras ou com atitudes - em alguns casos envolvendo os dois tipos. Sempre doem e talvez seja difícil apontar a mais dolorosa. Quando rompemos a confiabilidade que o outro depositou em nós, entristecemos e pedimos desculpas. Na verdade, exigimos, de uma forma autoritária, que os outros nos perdoem pelo erro prometido que nunca mais ocorrerá. Quando nos colocamos do outro lado da situação, somos encobertos pela consciência de que não haja, talvez, motivos para perdão. Resgatar a confiança é algo muito difícil para quem perdeu, mas soa como fácil para quem fez perder.
Então, a agora chamada desconfiança aparece e já se transforma em justificativa para a falta de caráter do outro. Esquecemos que as pessoas-pelúcias já foram nosso reflexo e acabamos assim por dizer palavras de maneiras precipitadas e descabidas. Deixamos tudo que já passou de lado porque confiar pela segunda vez é muito difícil.
No final das contas, devemos ter sempre em mente que vivemos de constantes aprendizados e mudanças. A vida é muito curta para não se perdoar e um voto de confiança pode ser dado mais uma vez. Este tem o dom nos trazer novamente bons amigos que realmente acrescentam nossas vidas de felizes momentos. O dom de confiar novamente é para poucos. Pouquíssimos eternos grandes sonhadores.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Família Roriz em homenagem
Uma adaptação da canção "A casa" do grande Vinícius de Moraes para Joaquim, Jaqueline e Weslian:
É uma família muito engraçada
Do pai à filha é acusada
Ninguém podia condená-la, não
Nem por decoro fruto do "mensalão"
Vídeos reveladores caíram na rede
Maços de dinheiro aumentando a sede
Voto secreto pra cassação impedir
Muita impunidade para digerir
Mas é tratada com muito esmero
Na nação dos bobo$, punição zero
É uma família muito engraçada
Do pai à filha é acusada
Ninguém podia condená-la, não
Nem por decoro fruto do "mensalão"
Vídeos reveladores caíram na rede
Maços de dinheiro aumentando a sede
Voto secreto pra cassação impedir
Muita impunidade para digerir
Mas é tratada com muito esmero
Na nação dos bobo$, punição zero
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