Corria tranquilamente pela rambla de Pocitos ao som de Marcelo Jeneci - ou seria Los Hermanos? Jorge Ben sei que não era porque já escutei outras vezes e hoje não queria. "Olha, que monumento bonito", penso. Paro para fazer umas fotos rápidas e me viro para retomar o exercício, quando um brasileiro no alto de seus 55 anos me para:
- Você é de Itatiba?
- Não, sou de Maceió.
- Ah, eu vi o que tava escrito no escudo da camisa do seu clube e pensei: é brasileiro.
- Hahaha, sim. Vocês estão passeando aqui? - pergunto aos quatro, já que estavam em dois casais.
- Sim, vamos ficar por quatro dias. Quê que tem dxi bom por aqui? Acabamos de chegar e viemos à praia.
- Vocês estão no melhor bairro, há muita opção de restaurantes....
- Entendi. E onde que compra a marijuana?
- Hahaha, não sei, eu não fumo - respondi, surpreso, porque eram dois homens no alto dos seus 55 anos acompanhados pelas senhoras, que não esboçaram reação.
O outro, mais tímido, solta:
- Eu não sei onde comprar nem no Brasil, imagina aqui.
- Hahaha, pois é. Bem, então vou indo. Boa estadia para vocês e que aproveitem muito.
- Obrigado, bons estudos.
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Já tou cansado, mas vou colocar "Temporal" do Jeneci para que eu não relaxe e vá correndo até o fim. O telefone toca. Meu amigo diz que o Mathias (uruguaio) entrou para jogar no campinho de areia a convite de outros uruguaios. Acelero os passos e chego um pouco já cansado. Entro, enfim, no "beach soccer" e começo a participar do meu primeiro racha em solo uruguaio. Quem diria??
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A fome é inevitável após o rachinha na areia. Na fila do pão, avisto um brasileiro com a camisa do Bahia selecionando algumas cervejas no freezer, provavelmente estava fazendo algum churrasco com outros amigos brasileiros. Gentil, disse que posso passar pela casa deles a qualquer momento.
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