O cabelo ao chão sempre parece pior que o da cabeça. Não
passa de um amontoado, um tufo. Não que o meu seja bom. Não é. E é ruim em
qualquer situação, mas ainda dá para cuidar um pouco. Leva mais ou menos um mês
para crescer e começar a me incomodar, aí você vai ao cara que corta e tudo
pode estar pronto em uns 10 minutos. É injusto. Bem que poderiam crescer no
mesmo ritmo que o pelo da cara.
Ultimamente, tenho ido quinzenalmente ao Marcos, o rapaz
encarregado de me inserir socialmente outra vez. E de recuperar a autoestima
também. Acho que ele tem entendido um pouco errado aquilo que quero e deixado
um pouco maior do que deveria. Eu estava pronto para escrever “mais grande” em
vez de maior, é um pouco do vício do espanhol, ao qual estava habituado a falar
há algum tempo. Aliás, já perceberam como os cortes da moda sempre atendem ao
desejo de uma minoria? A maioria não se encaixará nesses padrões. Nunca.
Há influências muito claras neste texto de um escritor
ordinário americano, perceberão os mais curiosos. A diferença é que não costumo
pincelar os meus com merda, porra e muitos outros palavrões. Voltando ao que
interessa, garanto: tomar banho quando o cabelo está baixo, muito baixo, está
entre as melhores sensações que alguém pode experimentar. É boa, aquela
corrente de água gelada. Mas há algum tempo não sei bem o que é isso.
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